domingo, 27 de dezembro de 2015

Construa Pontes ao invés de Abismos

Abrindo o coração: Certa vez alguém me disse: "Não construa abismos, construa pontes, para que as amizades não se percam."

Refletindo sobre essa frase hoje, pude entender que não há abismo que separe uma amizade unida por Deus e, não há ponte que una uma amizade que Deus não permite a união... Nós construímos laços de afeto, plantamos sementes de amor, regamos suas flores de confiança e colhemos os frutos da necessidade uns dos outros.

Mas, assim como toda estação tem o seu tempo de início e fim e, no tempo certo tudo muda, a primavera se vai e as flores caem, o outono se vai e os frutos apodrecem, o verão se vai e o calor muda de direção, e quando chega o inverno para aquietar tudo... Assim também, a amizade nasce, cresce, floresce, dá frutos, e murcha com o tempo...

O que quero dizer é que as pessoas não são diferentes, elas também mudam de uma estação para outra, mas num estado emocional delas mesmas... Mas, por mais que mudam dentro delas, elas não mudam pra si mesmas, e isso muito me entristece, pois elas mudam com os outros, mudam com aqueles que tem construídos pontes, mudam com aqueles que tem evitado passar pelo abismo para que a amizade não escorregasse e caísse fundo abaixo, e por fim, a gente vê que a amizade já está lá dentro, mas não caiu sozinha, mas foi empurrada de propósito...

Porque ao invés de se ajudarem, de crescerem uma com as outras para não errarem, elas preferem fugir, se esconder, desaparecer... Eu sinceramente acho isso desnecessário e ridículo... Pessoas não crescem sozinhas, e quem julgamos não precisar mais, acabam por nus ajudar no final de tudo... Não se concerta erros fugindo deles, problemas sempre nos acompanharão... Deixamos de errar quando perdemos o interesse por ele por completo, e é isso o que Deus espera de nós.

Sabe, às vezes é bom colocar pra fora o que está nos incomodando por dentro, pois a nossa “boca fala do que está cheio o coração” – (Mateus 12:34)... Dizem que a ingratidão é a pior das dores, mas eu diria que o desprezo dói mais, o esquecimento dói mais, tudo dói muito mais. E por fim, a gente acaba entendendo que é apenas resposta da nossa oração quando pedimos: “Senhor, afasta de mim todos os meus inimigos.”

E o que acontece, é que quando oramos assim, Deus afasta “alguns” daqueles que achávamos ser “amigos”. É frustrante, é doloroso, é intrigante... e isso às vezes nos requer “não procurar”... não por orgulho, mas por entender que talvez que, Deus tirou, Deus livrou, Deus não quis...

Aquele que muito quer e muito espera, nada tem... Aquele que muito julga e destrói pontes, acaba um dia se arrependendo. E reconstruir pontes sozinho pode ser cansativo, e talvez, ninguém mais terá o prazer e alegria de passar por ela como antes, porque já se acostumou a viver longe dela. E por fim, encontrará novas pontes para passar onde realmente se sentirá valorizado e amado.

Valorize suas amizades, valorize aquele a quem você tem chamado de amigo um dia... Destrua a ponte velha, se preciso, mas não remende... E não reconstrua sozinho... Construa uma nova, mas esteja em companhia, use o toque das estações do ano, enfeite com flores, coloque sabores, aqueça e ilumine com o sol do verão, e deixe uma névoa fresca nos dar o prazer de bem estar e de sempre querer voltar.

Um dia, quando menos se espera, todos se vão, e o que ficará, é apenas uma ponte vazia, onde não terá mais ninguém para passar.

Por Kátia Ferrari Tabata


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